sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Será que ele é...tão bom assim?

Esse ano a Fifa resolveu aumentar o suspense em relação ao nome que sucederá Kaká na lista dos melhores jogadores do mundo. O anúncio do vencedor que antes acontecia em dezembro, agora passou para janeiro de 2009. Nessa disputa, os principais candidatos são Cristiano Ronaldo e Messi. Estrelas carimbadas pelo sucesso que fazem em seus clubes, enchem as manchetes dos jornais com especulações sobre quem vai vencer e elogios mútuos. Mas o português salta à cena e nos últimos meses só se ouve falar que Ronaldo é, vai ser, já foi consagrado como “o melhor”.
Tudo contribui para tal antecipação. O bicampeonato da Liga Inglesa e o conquista da Champions League. Fatores que pesam na escolha final. Com Kaká aconteceu o mesmo. Campeonato Italiano, mais Liga dos Campeões, mais Mundial Interclubes foi igual ao título de melhor do mundo pela Fifa. O mais importante e almejado prêmio por todos que vivem do futebol. Os 42 gols de Cristiano Ronaldo também ajudam muito na contagem de fatores que o eleva ao primeiro lugar na lista de apostas. Com um estilo próprio e muitas vezes questionado pelos críticos, o português da ilha da Madeira mostrou ao mundo na temporada passada todo seu potencial de bom futebolista. A primeira prévia de que seu nome é realmente forte no páreo de janeiro é o prêmio que ele recebeu em outubro da FIFPro (Federação Internacional dos Jogadores Profissionais de Futebol) como melhor jogador do ano. Assim, Ronaldo começa seguindo os passos de Kaká no ano passado.
Mas aí, a história dos dois jogadores começa a trilhar um caminho diferente. Kaká ganhou sem todo esse “oba-oba” que ronda Cristiano Ronaldo, e mais importante, quase ninguém colocou em dúvida que ele levaria mesmo o prêmio da Fifa. Com Ronaldo as opiniões dos críticos divergem. A atuação apagada na Eurocopa desse ano, o começo morno no Manchester United na temporada 2008/09 e o seu excesso de confiança no título lançam farpas sobre a “marra” do português. Criticado pelas faltas que ele sempre cava (cai de madura mesmo!), encontrou em seus técnicos (todos!) seus principais defensores e assim, sai como o perseguido dos zagueiros. Só que o camisa 10 do Barcelona vem comendo pelas beiradas. Messi tem prestígio, bem menos críticas e vira-e-mexe vem com uma jogada ou drible que só os melhores sabem fazer. E aí a disputa engrossa novamente.
A verdade é que só o tempo vai confirmar o peso de todos esses fatores na escolha de Cristiano Ronaldo como o melhor do mundo. Se dependesse dele o 1º, o 2º e o 3º lugar seriam dele. Mas será que ele vai conseguir carregar todos os troféus só com duas mãos? Ainda bem que a Fifa não dá a um só todos eles. Dividindo entre três é melhor e mais fácil de levar pra casa. Cada um ocupando a posição que merece. É só esperar para saber qual vai ser a de Ronaldo.

Magali Pereira

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