sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Ordem na casa!

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............Mortes causadas por desastres automobilísticos são a tônica do cotidiano brasileiro. Cerca de 40 mil pessoas morrem anualmente em acidentes de trânsito, enquanto outras 500 mil sofrem seqüelas graves, como tetraplegia, paraplegia e invalidez permanente.

............A lei seca, sancionada no dia 19 de junho deste ano, proíbe o consumo de bebidas alcoólicas por condutores de veículos. Mas parece que muita gente ainda reclama, enquanto outros fingem não saber o que realmente mudou. O desrespeito à lei continua, principalmente em algumas cidades menores do país, onde o bafômetro se assemelha a uma espécie de “entidade sobrenatural”. Alguns dizem que ele existe, outros dizem que não, mas a verdade é que ninguém nunca o viu...

............O consumo de bebidas alcoólicas é o principal causador de acidentes no trânsito. Por mais “exagerada” e radical que pareça ser a nova medida do governo, essa é a única forma plausível de obter a diminuição do número de vítimas em acidentes causados por motoristas embriagados. O excesso de álcool no trânsito tem efeito imediato: ele mutila, mata, e para piorar, não coloca em risco apenas a vida do motorista, mas de toda sociedade.

............Todos querem regras que funcionem e “coloquem ordem na casa”. É exatamente isso que a lei seca pretende. Seu objetivo principal não é castigar aqueles que consomem um chopinho ou uma latinha de cerveja para relaxar no final de semana. O que a medida realmente faz é punir devidamente motoristas bêbados e irresponsáveis, que destroem vidas indiscriminadamente no Brasil.

............A nova lei traz uma segurança maior nas questões do trânsito e já é notável a redução no número de acidentes nas ruas de todo o país. É essencial que a fiscalização seja implantada em todos os estados brasileiros e que o número de bafômetros seja suficiente para a atuação das Polícias Federal e Militar, para que a lei funcione permanentemente. Entretanto, a responsabilidade não deve se limitar à polícia. A sociedade também deve ser conscientizada. Medidas puramente punitivas não são a única solução para o consumo excessivo de álcool. A lei seca deve ser integrada a campanhas sociais que busquem tornar os cidadãos cientes do risco de beber e dirigir. A situação é alarmante e a necessidade de um comportamento consciente coletivo é urgente.
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Por Bárbara Schlaucher

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