sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Peculiaridades do Alasca

O Alasca é uma região peculiar. É o lar dos esquimós e ursos polares. É um território que já pertenceu à Rússia e atualmente é um estado norte-americano. Como se não bastasse, ganhou destaque na corrida presidencial dos Estados Unidos por ter sua governadora como candidata a vice-presidente na chapa de John McCain.. Ela, por sua vez, é uma das maiores peculiaridades desta terra do ártico.

Sarah Palin deu, entre uma e outra gafe, muitas declarações polêmicas. Em seus discursos, disse que o aquecimento global não é efeito de ações humanas, mas é "Deus dando um abraço mais forte na Terra". Para demonstrar sua experiência com política externa, a governadora do Alasca usou como argumento a proximidade do estado que governa com a Rússia. Em uma entrevista, não soube citar o nome de algum jornal ou revista que lê. Uma de suas maiores gafes, no entanto, foi afirmar, antes do fim da disputa pela Casa Branca, que já pensa em concorrer à presidência de seu país em 2012.

Ela foi tratada pela mídia como uma "americana média". Humoristas de programas famosos destacaram seu sotaque interiorano e suas posições fundametalistas. Sarah é contra o aborto – mesmo em casos de estupro ou anencefalia – e a favor da guerra contra o Iraque, que, aliás, ela acredita ser uma missão divina. Mesmo as feministas se posicionaram contra a candidata republicana. Para elas, Sarah é o oposto do que o movimento defende.

Logo que foi escolhida por John McCain, surgiram acusações contra Palin. Ela está sendo investigada por abuso de poder por ter exigido a demissão de um ex-cunhado. Além disso, a governadora cobrou do estado do Alasca 312 diárias, totalizando U$17 mil, em um período que continuava morando em sua residência, a 40 minutos da sede do governo. Outro fator que chamou a atenção durante a campanha foram os gastos do Partido Republicano para renovar o guarda-roupa de Sarah e torná-la apresentável ao eleitorado. Foram desembolsados mais de U$150 mil.

Desde sua entrada na campanha presidencial, Sarah Palin demonstrou ser uma pessoa fundamentalista e de extrema direita, característica mais comum e bem vista pelos republicanos. No único debate entre os candidatos a vice-presidente, Sarah foi elogiada por defender seus pontos de vista, mesmo que não sejam populares entre grande parte do eleitorado.

O resultado das eleições, porém, demonstrou que apesar do gás que Palin levou à campanha republicana com seu ar jovial e sua “publicidade espontânea” na mídia, a governadora não foi capaz de descolar da sua chapa o continuísmo aparente entre Bush e McCain. E, como as pesquisas indicavam, os eleitores norte-americanos clamavam por algo novo – não o velho repaginado.

Nenhum comentário: