sábado, 29 de novembro de 2008

O poder dos fortes sobre os fracos

É assustador ver como os casos de violência contra a criança crescem desenfreadamente a cada dia. Ao ligarmos a TV, abrirmos um jornal, nos deparamos freqüentemente com situações como a de Isabella Nardoni, morta ao ser arremessada pela janela de um prédio. Parece até que virou uma coisa corriqueira do dia a dia.
Além da violência física, outra que se faz presente é a sexual. O caso mais recente, divulgado pela mídia, ocorreu no último fim de semana, quando um homem foi preso acusado de ter estuprado a própria filha, de 11 anos.
Estatísticas mostram que a violência contra a criança é cometida, na maioria das vezes, pelos pais. Não só agressões físicas, mas também psicológicas e sexuais. Algumas estatísticas nacionais destacam que o principal tipo de mal-trato praticado pelos pais contra os filhos é a negligência.
Os maus-tratos às crianças ocorrem em todo o mundo. Nos Estados Unidos, são registrados cerca de 1,5 milhão de casos na família, por ano. Desses, duas mil crianças morrem. No Brasil, a violência doméstica é tão freqüente quanto nos Estados Unidos. Cerca de 600 mil crianças e adolescentes são maltratados pelos pais, todos os anos, em nosso país. Dessas, 1800 (0,3%) morrem. Infelizmente, poucos são os casos notificados. Acredita-se que, para cada 20 casos de violência, só um é notificado.
Assim como qualquer país do mundo, nenhuma classe social está livre da violência contra a criança. Muitos, erroneamente, associam ela à pobreza, acreditando que só acontece nas classes inferiores da população.
O mal-trato contra a criança é crime, por isso quem o pratica deve ser punido. No entanto, o que vemos é que isso raramente acontece. São poucos os casos de violência dos pais contra os filhos que chegam à Justiça, e raríssimos são os pais que recebem alguma punição.
Mais triste é ver como a violência está banalizada. As pessoas se acostumaram com ela, perdendo a capacidade de indignação. A violência contra a criança é um ato de covardia. Devemos buscar outras formas de educar filhos. É preciso dar a eles carinho, afeto, amor. A violência deixa marcas que podem durar por toda a vida.
Por Luana Lazarini

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