por Pedro Brasil Silva
Desde domingo, os noticiários esportivos têm um único foco: o pênalti cometido – ou não – por Leo Fortunato do Cruzeiro
Grande parte da mídia esportiva nacional apoiou o Flamengo e execrou o arbitro. Muitas acusações à índole de Simon foram levantadas e o juiz, que já apitou duas Copas do Mundo teve sua credibilidade posta
A revolta da equipe carioca com a atuação do juiz foi tão grande que a diretoria flamenguista organizou um dossiê com alguns erros de Simon e o entregou à FIFA. O intuito é de eliminar o juiz da equipe de arbitragem para a próxima Copa do Mundo. E o árbitro, que já foi apontado diversas vezes como o melhor do país, quase perdeu a possibilidade de ir à África do Sul representando o Brasil no quadro de juízes (só não saiu do efetivo pelo fato de ser o único brasileiro indicado).
É importante destacarmos que no jogo de domingo Simon não marcou uma penalidade a favor do time celeste no primeiro tempo, ou seja, errou (ou possivelmente errou) contra as duas equipes, não estava mal intencionado ou tendencioso a favorecer um ou outro time. Além disso, era claro que o árbitro não estava em um bom dia, inverteu faltas, ignorou outras e estava longe dos lances. Acontece, inclusive com os melhores. Afinal de contas: errar é humano (e os juizes são “muito humanos” até por conta da responsabilidade que é investida neles). A campanha “Anti-Simon”, criada mídia e pela diretoria do Flamengo foi e é bastante covarde. Ele foi julgado e condenado por um possível equívoco que nem os recursos televisivos deram uma resposta definitiva. Qual o critério deste julgamento? Sendo que o árbitro no campo de jogo não tem outro recurso visual além dos próprios olhos e a ajuda de seus auxiliares? Acredito que o julgamento da arbitragem através de imagens congeladas deixa os homens do apito em uma posição inglória e desprestigia seu trabalho, já que eles não têm a possibilidade de recorrer a tais recursos. Pode-se resolver esse problema de duas formas: viabilizar as imagens gravadas aos juízes durante a partida, assim como no basquete, parando o jogo a cada lance duvidoso (hipótese improvável), ou respeitar o apito do juiz, confiar na sua honestidade e perceber que, a autoridade máxima do jogo, é o homem de preto e não a TV em cores.
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